Susana Soares Vilar

Se olharmos o mundo que nos rodeia, rapidamente compreendemos que não partimos todos duma mesma casa de partida com condições justas e iguais para todos. Basta olharmos para o nosso ‘vizinho do lado’ para perceber que as condições em que cada um de nós está são muito específicas.

E dessa forma, percebemos que viver no nosso mundo se trata de um jogo muito sujo, no qual as diferenças e desigualdades são nítidas.

Se analisarmos o conceito de igualdade por uma lente feminista intersecional, reconhecemos que as desigualdades estão enraizadas em realidades que tendemos a ver como inevitáveis – como é o caso do capitalismo, o patriarcado, o racismo, entre outros. No entanto, nada disso é dado adquirido, pois todas essas regras e estruturas fomos nós próprios que criámos. E dessa forma, depende só de nós mudar as regras do jogo.

Em “CASA DE PARTIDA – uma peça para crianças que cresceram”, pretendemos dar uso à capacidade nata que as crianças têm de adaptação e aceitação que muitos adultos deixaram enferrujar, e a dar os primeiros passos para um questionamento muito urgente:

Vamos mudar o mundo?